terça-feira, 12 de maio de 2009

Carta de uma mãe portuguesa

Novamente, me deparei com o mesmo problema: este texto encontra-se na internet em quase 3 mil sites, segundo o Google. Daí, é impossível saber quem foi o autor dessa maravilha, por isso, infelizmente, não tenho como dar créditos a ninguém, a não ser que apareça o verdadeiro autor, prove que o texto é seu e eu lhe darei os créditos sem perda de tempo.

carta
Carta de uma mãe portuguesa

Carta de uma mãe portuguesa ao seu filho no Brasil 

       
Escrevo devagar por que sei que não gostas de ler depressa.
Se receberes esta carta é porque chegou. Se ela não chegar, avisa-me que mando-te outra.
Teu pai leu no jornal que a maioria dos acidentes ocorrem a 1 km de casa. Assim, mudámo-nos para mais longe.
Sobre o casaco que querias, o teu tio disse que seria muito caro mandar-te pelo correio por causa dos botões de ferro que pesam muito. Assim arranquei os botões e coloquei-os no bolso. Quando chegar aí, prega-os de novo.
No outro dia, houve uma explosão na botija de gás aqui na cozinha. O pai e eu fomos atirados pelo ar e caímos fora de casa. Que emoção: foi a primeira vez em muitos anos que o pai e eu saímos juntos.
Sobre o nosso cão, o Jolly, anteontem foi atropelado e tiveram de lhe cortar o rabo, por isso toma cuidado quando atravessares a rua.
Na semana passada, o médico veio visitar-me e colocou na minha boca um tubo de vidro. Disse para ficar com ele por duas horas sem falar. O teu pai ofereceu-se para comprar o tubo.
Sobre o pai: ele arranjou um bonito trabalho. Tem quase 500 pessoas abaixo dele. Agora é coveiro aqui no cemitério.
O teu primo, o Zé, casou-se e agora reza todas as noites à esposa. É que ela é virgem e chama-se Maria.
O teu irmão Antônio deu-me muito trabalho hoje. Fechou o carro e deixou as chaves lá dentro. Tive que ir a casa, pegar a suplente para a abrir. Por sorte, cheguei antes de começar a chuva, pois a capota estava em baixo.
Se vires a Dona Esmeralda, diz-lhe que mando lembranças. Se não a vires, não digas nada.
Tua Mãe Maria
PS: Ia mandar-te 10 contos, mas quando me lembrei já tinha fechado o envelope.

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